Escapar, navegar, perder-se em definitivo. Poeticamente belo, curiosamente verdadeiro. A vida embrulha-nos, revolve-nos, obriga-nos, tantas vezes, a escapar, a navegar para o lugar mais longínquo e inóspito que o mundo albergue. Mas a noção de perda definitiva não só me aflige e angustia como também me soa demasiado redutora. Uma verdadeira perda só assim o é quando surge do lugar mais profundo da nossa alma. E talvez só aconteça quando o que se perdeu foi realmente nosso. Então sim, existe perda, um vazio insuportável a avassalador, o game over de um video game. Mas mesmo este fim será um fim em si próprio? Agigantarmo-nos perante a perda, faz-nos crescer. E navegarmos em contra-corrente num mundo perdido é sermos gigantes e heróicos, ainda que pequenos em tamanho e parcos em palavras.
Fico contente que este blog esteja renovado de tantas e tão belas palavras. Nunca deixei de o visitar na expectativa franca e sincera que a tua inesgotável inspiração continuasse tão viva como a conheci. O que outrora foi, no teu caso, continua a sê-lo. Mantém-te assim, Bruno, pois a plateia, ainda que silenciosa, aplaude e agradece.
Presunção minha achar que chegaste. Achar que leste. Presunção minha achar que vale a pena. Nestas deambulações, nada mais te peço que a simpática benevolência que a imperfeição pressupõe e que a compreensão não dispensa . E apenas te pergunto, porque vieste?
1 comentário:
Escapar, navegar, perder-se em definitivo. Poeticamente belo, curiosamente verdadeiro. A vida embrulha-nos, revolve-nos, obriga-nos, tantas vezes, a escapar, a navegar para o lugar mais longínquo e inóspito que o mundo albergue. Mas a noção de perda definitiva não só me aflige e angustia como também me soa demasiado redutora. Uma verdadeira perda só assim o é quando surge do lugar mais profundo da nossa alma. E talvez só aconteça quando o que se perdeu foi realmente nosso. Então sim, existe perda, um vazio insuportável a avassalador, o game over de um video game. Mas mesmo este fim será um fim em si próprio? Agigantarmo-nos perante a perda, faz-nos crescer. E navegarmos em contra-corrente num mundo perdido é sermos gigantes e heróicos, ainda que pequenos em tamanho e parcos em palavras.
Fico contente que este blog esteja renovado de tantas e tão belas palavras. Nunca deixei de o visitar na expectativa franca e sincera que a tua inesgotável inspiração continuasse tão viva como a conheci. O que outrora foi, no teu caso, continua a sê-lo. Mantém-te assim, Bruno, pois a plateia, ainda que silenciosa, aplaude e agradece.
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