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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma última dança

Há sempre uma última dança, mais uma última dança em que se espera a magia dessas coisas simples do amor. Essa troca de olhares, aquele toque das mãos, os sorrisos cúmplices, uns suspiros combinados, lábios molhados.
Talvez por isso não se perca o sorriso que a esperança rasga, essa expectativa de, após outra curva de desilusão, ver surgir a paisagem idílica, essa Terra do Nunca para sempre.
Enquanto e não, os amigos, maratonistas incansáveis, vão estando atentos aos sinais. E se não choram contigo é porque esperam obrigar-te a sorrir e então sim, choram por te ver sorrir, te ver finalmente alcançar a meta e principiar um novo percurso, a dois.
Mesmo assim, não termina para eles a maratona. Continuam, ao lado, correndo em trajectos paralelos que, muitas vezes, apenas se cruzarão quando, por momentos, sentires que perdeste a tua metade.
A esses maratonistas cuja meta é no inicio e não no fim, no início da amizade que não acaba, o tributo que nunca aqui tinha feito. A certeza de que também sobre eles paira a minha sombra discreta, mas segura.
Na Terra do Nunca todos voaremos à altura dos nossos sonhos e a última dança será sempre a próxima.


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