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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Doidices

Tudo se transforma de repente. Muitas vezes é preciso tão pouco para um sorriso, essa coisa que se rasga sem dificuldade e que torna o mundo mais colorido. Até mesmo um dia soalheiro de inverno se transforma numa primavera impressionante. Ou talvez nem seja nada disso e, apesar das poucas horas de sono, das olheiras, do cansaço do trabalho, simplesmente aquela sensação de imortalidade vá regressando. Sim, de imortalidade, aquela que muitas vezes reclamo e que torna tudo eterno, eterno num segundo.
Rio de mim próprio e pergunto, afinal, para quê tanta prosa e subterfúgio de linguagem? Porque não dizer que às vezes umas doidices sabem tão bem e nos fazem sentir aquela “insustentável leveza do ser”, tão simples e tranquila, do livro do Kundera. Aquela energia estúpida, quase non-sense de tão física que é.
E nestas pequenas transformações, até uma musica antiga nos pode parecer agora muito mais intimista. Neste ritmo “bem bom” tenho vontade de me encostar na cadeira, colocar as mãos atrás da cabeça e deixar escapar um sorriso não menos matreiro que olhar. Há coisas que não se explicam, nem precisam...


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