Talvez seja uma miragem
essa outra margem
onde te espero encontrar,
talvez.
Será um sopro de vida,
talvez Ágape reflectida
no pouco que me é dado a ver.
Talvez...
Ou será o bulício,
talvez Eros em solstício,
princípio e fim do caminho.
Talvez...
Talvez seja tudo e nada
outra obra inacabada
(talvez até terminada),
manta de Ítaca que jaz
quando um tece e outro defaz
em eternos momentos profundos
que duram alguns segundos
e não toda a eternidade,
símbolo de uma outra felicidade.
Talvez seja tudo ilusão
e apenas reste uma mão
vazia,
fria,
sozinha,
minha.
Talvez, talvez.
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