Vemo-nos por aí...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sonhos eternos

Recorrente é a queixa de falta de tempo, esse lugar comum em que nos escondemos facilmente. No fim de um dia de trabalho, ainda preso à secretária de todos os dias e antes de iniciar as dezenas de kilómetros que ainda tenho que percorrer sozinho, noite dentro, recordo o símbolo de uma sociedade justa e fraterna.

Deixando por momentos o isolamento da minha torre, junto-me às gentes que evocam essa figura impar e revejo as imagens atemporais que, a espaços, vemos rodar no pequeno ecrã.

Quanto temos ainda para sonhar! Continuamos cativos da mediocridade das maiorias, dos pressupostos seculares, dos cânones religiosos. Fingimos tradições, aceitamos convenções, admitimos regras sem sentido nem fundamento, justificamos moralidades. Consentimos tolerância quando deveríamos exigir igualdade. Escondemos a nossa humanidade, abafamos tantas formas possíveis de amor e de amar.

Muito há ainda a fazer, mas hoje, quarenta anos depois, percebemos que não estamos sós.

Because you had a dream, we have, today, a better world. Thanks!

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