Solto letras ao desbarato
em abecedários sem fim,
em páginas de histórias
de personagens já esquecidas,
em vidas tolhidas
de gentes sem memórias,
que já nem me falam a mim.
São mundos encerrados
nas capas que não abro,
escondidos, até ver,
nas lombadas do acaso,
arco-iris de tanta cor,
que vive no estreito corredor
onde todos os dias passo.
Lembro agora vagamente
multidões que se sucederam,
como cores que desbotaram
no tempo que as consome,
na alma que jazendo dorme,
pacientemente…
terça-feira, 8 de abril de 2008
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2 comentários:
É este constante fluir que me cansa... Demasiadas capas herméticas que escondem mundos secretos impenetráveis... qual a história verdadeira? A que é contada ou lida?
A história verdadeira? A história verdadeira é a vivida. Aí está toda a diferença. Não se sabe o final, desconhece-se à partida o enredo e não se pode fechar o livro e guardá-lo quando se quer...
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