Procuro palavras impronunciáveis,
verdades axiomáticas, sentidas reflexões.
Procuro causalidades, deduções
e silogismos irrefutáveis.
Procuro filosofias profundas,
teoremas supremos, leis universais.
Procuro prelecções fecundas,
conselhos arrebatadores, exortações mundiais.
Em tudo procuro escondido,
ver nos outros onde estou,
lançar um olhar fugido
por aquilo que não sou.
E vendo o que não quero,
regresso a páginas tantas
às danças de bolero,
e a essas horas mansas,
em que dormindo sereno,
deixo o mundo terreno
e regresso novamente
a esse lugar sem gente
ponto marcado e profundo
em Para-lá-do-mundo…
quinta-feira, 13 de março de 2008
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