Vemo-nos por aí...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sem título

Chegam ao alto da torre as únicas humanizações aqui possíveis - as dúvidas. Soltam gritos surdos, ecos perpétuos do que se procura mas não se quer esquecer.
A ausência sentida é mais quente do que o vazio. É talvez este o paradoxo mais real, que faz da dor a certeza que dá sentido às lágrimas, essas torrentes que preenchem o nada e que nos aproximam do que há muito se afastou...
Mesmo afastados, permanecemos todos irmanados pelos constrangimentos de uma sociedade que nos faz sombra. Que nos obriga desviar o olhar do olhar, o sorriso do sorriso, que nos impede de dar a mão à mão, de abraçar o abraço, de beijar o beijo.
Virá um dia a cidade da utopia, esse espaço sem muros nem ameias, feita de gente igual por dentro, gente igual por fora. Cidade do Homem...


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