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segunda-feira, 31 de março de 2008

Relatividade

Tudo é relativo! Citam comummente os incautos, justificando o que não tem justificação. Procuram nas palavras que não disseste a explicação dos actos impensados, das posições pessoais indefensáveis, dos comportamentos errados. Fazem-nos crer que na verdade tudo é possível, que tudo faz sentido. Como se Protágoras renascesse e o homem voltasse a ser a medida de todas as coisas. Não, não o é, nem nunca foi esse o teu entendimento, físico humanista. Bem sabias que a relatividade tem sentido e direcção. Que o é por referência e não por preferência. Que o tempo é relativo em relação a um observador. Dois referenciais, não um...
Olhando o mundo por trás de um sorriso matreiro, mostraste-nos como tudo se deveria tornar mais simples, mas não simplificado. Que o homem é-o também por referência a outro homem e que essa referência se materializa na relação que se estabelece. Não descobriste o elixir da longa vida, porque esse foi já provado ao longo dos anos por todos os que perceberam o milagre, mas deste o testemunho que poucos estamos capazes de dar:

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

[Albert Einstein]

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