Foi-se Ricardo Reis.
Foi-se o carpe diem.
Foram-se os epicuristas.
E levaram-me a tranquilidade,
a doce tranquilidade dormente em que jazia...
Agora choro por ti que mal conheço
para que não sinta tanto a tua ausência.
Contemplo as bucólicas paisagens de Caeiro
vejo-te em toda a natureza
em todas as noites, em todas as luas, em tantos sois.
E assim me sinto quase-humano, quase-amado…
Vivo novamente as tempestades futuristas do Álvaro!
Sinto a velocidade do tempo,
Triunfalmente estonteante como a Ode
onde nunca serei herói ou amor...
Ah! Como continuo condenado
à estúpida racionalidade do ortónimo.
Deixai-me morrer sozinho, filhos do mesmo pai!
Deixai-me sonhar sozinho no cárcere involuntário
em que te espero a ti que não virás…
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
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1 comentário:
Brilhante...
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