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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Apontamento

Para-lá-do-mundo continua a ser a mais constante das presenças, apesar do silêncio das palavras e da ausência da cadência da escrita de outros tempos. Ainda assim, há um fio condutor que mantém coerente o mundo e, mais que isso, a memória e a história que se vai desenhando. Desde aquele janeiro frio de um primeiro post, até ao feveiro de hoje também frio, decorreram sete anos. O tempo será a única matéria comum entre o mundo que corre lá em baixo e que sempre fui espreitando e este daqui de cima, o da Torre de Nárciso, onde me escondo sempre que é preciso. Sete anos e tanta coisa incrível. Amores vieram, amores foram, músicas ouvidas, músicas esquecidas, histórias já muito irreais, sonhos vividos e outros inventados, alterados, redesenhados. Pessoas que foram ficando e outras que se foram para sempre.
Neste intervalo de tempo, muitas velocidades teve o mundo. E entre a banal tranquilidade dos dias e a volúpia das aventuras, apareceste tu, sem contar, sem procurar muito. Incrível, inesperado, cada dia mais cúmplice e mais próximo. Ah, como é bom perceber que afinal um outro mundo é possível, que uma história mais a sério, mais verdadeira, mais sentida, mais madura, é bem possível. Ah, como é bom perceber que quero que sejas o meu mundo, cada vez mais. E nesse mundo conquistar todos os outros, de mochila às costas e com os ténis novos que comprámos juntos. É por estes pequenos gestos, por tantas pequenas surpresas que já partilhámos, que tenho vontade de te graffitar todo e escrever: MEU. Possessivo? Nem pensar. Mas incrivelmente babado por poder partilhar a vida e os dias contigo. 


2 comentários:

C disse...

De um Fevereiro a outro. Há uma coisa que nunca mudou. A minha admiração e a minha amizade por ti. Que bom foi um dia encontrar-te. Há pessoas realmente especiais neste mundo e tu mereces tudo de bom o que te acontecer! Venham mais Fevereiros!

Quasimodo disse...

Tu és também, à semelhança de Para-lá-do-mundo, a mais constante das presenças e a mais coerente das amizade. Serás sem dúvida a testemunha mais real e mais verdadeira de todo este tempo. De facto, até isso mudou! Hoje, muito mais do que naquela altura, a amizade é mais cúmplice e mais fraterna. Porque o é todos os dias um bocadinho mais. Nem tudo é para sempre, isto é! Nunca duvidei.