Vemo-nos por aí...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Meninices

Recorrente a desculpa dos longos silêncios. Parece ter-se perdido a cadência da escrita com o sossego dessa batida descompassada que, ainda pensei, valesse a pena
Perco-me agora nas quase-poesias onde te desenho e reinvento. Nasces e vives nessa folha de papel, porto seguro em que sempre te encontro. Seguimos juntos nesse rasto de grafite negro, esboço impressivo de um mundo imaginário que partilhamos.
Colecciono agora versos soltos, como antes juntava as moedas pequeninas, tesouro encantado com que sonhava poder comprar todo o universo. Hoje, sob o signo de outras luas, sonho ainda acordado. Já não quero comprar o universo todo e seria até capaz de dispensar o mundo. Daquele tempo, apenas o brilhozinho nos olhos de quem ainda, confundindo o mealheiro pesado de nada com versos cheios de ti, espera esse dia...


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