Assusta-me que o céu esteja mais azul, que o sol brilhe mais, que a lua me volte a falar, que as noites pareçam mais quentes. Assusta-me que o tempo tenha nova cadência, que as páginas dos livros ganhem novo sentido, que o café tenha um novo sabor. Assusta-me sentir-me levitar nessa infinitude de sonhos. Assusta-me até o ligeiro brilho do olhar que pressinto reflectido no espelho, prenuncio de te encontrar.
O temor de uma nova ilusão, de novo abismo de desencontro, de um apeadeiro vazio, de uma espera sem fim, de um caminho sem saída, vão-me prendendo no meu cárcere voluntário. Hesito entre a volúpia de arriscar, essa sensação de tudo poder, e segurança dos dias de banal tranquilidade.
Nesse balanço entre uma e outra, procuro perceber, se os houver, sinais de ti. Serão ilusão? Será a vontade tão forte de os ler? Muito provavelmente...
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
A resposta às tuas dúvidas virá com o tempo... Não te assustes com o que podem ser prenúncios de felicidade ou de desilusão, porque tanto no primeiro como no segunda caso encontrarás sempre apoio ;)
Creio que os sinais não são ilusão, nem nunca foram... mas resta saber o que te impede verdadeiramente de ceder à vontade forte de os ler...
Enviar um comentário