Vemo-nos por aí...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Uma noite mais (ou menos)

Cansado, noite dentro, regresso ao pequeno espaço que todos os dias me acolhe já tarde. Percorro, sem pensar, o curto caminho que me separa desse idílio. Entro, escuto o silêncio confrangedor de quem se sabe esquecido. Reparo na ausência de todos os dias, sentado no sofá amarelo onde se dilui o meu corpo. Copiosamente cumpro meus rituais de escrita, entregando-me por completo à quase-poesia que vou tentando escrever. Entre uma caneca de leite quente e os rascunhos que vou desenhando, divago para lá do meu pequeno espaço. Flúi a alma, expande-se o espírito, e sinto a liberdade. Voo alado pelos mundos imaginados do Sagan, pelas ilhas misteriosas de Verne. Em todas procuro o que parece não existir, essa metamorfose que transformará definitivamente o ser. Nesse momento, deixarei de voar em sonhos, mas muitos sonhos voarão.
Por enquanto, vou ouvindo questões alheias das quais sei já a resposta. Como esta noite findará? Será preciso responder…

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