Vemo-nos por aí...

quarta-feira, 5 de março de 2008

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Um ponto
vejo no ar,
a dançar,
como um conto,
desenhando no espaço vazio
caminhos possíveis!
E em volta,
a alumiar,
duas velinhas sem pavio,
reflexo já moribundo
de um outro mundo
que se não quer apagar
que se não chegou a amar.

Fixo agora esse pontinho
que se agita manso, mansinho,
como se não quisesse acordar
o que morre e nasce devagar:
essa coisa sem sentido
de que há muito ando fugido!

Vai crescendo, o pontinho,
ganhando contornos de recta,
onde se encontra a meta,
princípio do fim de um caminho
em que ponto, sempre pontinho,
cai do ar onde está
em cima do in,
onde ainda não há,
a pintinha que lhe falta,
para que se possa ler em voz alta
o que se quer ouvir
o que se espera sentir…

2 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

..de um ponto que pequeno era, cresce uma longa historia que ocupa nossas mentes desperta o sonho do eventual e cria espaço à imaginação q floresce..