Vemo-nos por aí...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Moinhos de vento...

Irmanado contigo, Quixote amigo, porque também eu vejo gigantes. Preparo minha lança e parto à aventura. Como tu, estou disposto a suportar a dor, a ignorar o riso das gentes, a enfrentar o mundo. Como tu, quero ultrapassar adversidades, quero desconhecer perigos. Como tu, também eu procuro o lugar-amor.

Quase-irmanado contigo, Quixote amigo, porque aos avisos prudentes do coração vacilo e vejo moinhos. Tenho agora à frente as suas pás, girando com o vento e, mesmo sabendo que são gigantes escondidos, hesito em lutar. Sim, eu sei, homem de pouca fé! Ah, como também gostava de ver gigantes e só gigantes e, mesmo vencido, não desistir.

Apenas sinto o vento no rosto, Quixote amigo, e contemplo ao longe os lugares onde não estarei. Ao meu lado, um grande livro de aventuras onde, sem limites, sou tu.

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